SAAE Salto não usa seus caminhões-pipa e gera denúncia na tribuna da Câmara de Vereadores

Cícero Landim explicou no início de sua fala que faz parte das prerrogativas de um vereador fiscalizar qualquer tipo de denúncia que chega a ele, tanto do governo quanto do SAAE Salto. Também explicou que apesar do superintendente da autarquia vir à Câmara de Vereadores nesta quarta-feira, 19, o Regimento Interno da casa não permite que se faça perguntas fora do que foi solicitado via requerimento. Dessa forma Landim usou a Tribuna Livre para questionar o uso de Caminhões Pipas de uma empresa terceirizada - via contrato - quando há três caminhões desse tipo, parados no pátio da autarquia.

"Chegou ao nosso conhecimento que o SAAE Salto dispõem de três caminhões-pipas - um deles da época de 2014 e outros dois que foram encaminhados pelo governo do estado de São Paulo. Pois bem, a autarquia que distribui a água tratada na cidade, faz constantes abastecimentos para empresas privadas e ainda abastece a Caixa D"água do Jardim Taquaral, pois o prefeito da época trocou a contrapartida (que era fazer a ligação da rede até a caixa por asfalto da avenida do Buru), utiliza caminhões-pipa. O SAAE Salto tem um contrato em andamento com uma empresa terceirizada para fazer esse tipo de abastecimento, mas ela só são chamadas quando a autarquia não consegue fazer o abastecimento com seus três caminhões-pipas. O fato é chegou ao meu conhecimento que os três cainhões do SAAE estão parados e seus motoristas ficam sentados em suas cabines, vendo os caminhões da empresa terceirizada fazer o serviço. E tudo soa muito estranho, pois se os três caminhões da autarquia não estão quebrados e não tem problemas mecânicos, não existe justificativa plausível usar e pagar os caminhões da empresa terceirizada. Ao menos que alguém está ganhando com isso. Os diretores do SAAE Salto que venham à público e justifiquem qual a razão disso estar acontecendo".

Diante da fala do vereador Cícero Landim, o TERRATAVARES entrou em contato com a superintendência da autarquia para verificar o que é - de fato - verídico ou não essa denúncia e recebemos a seguinte resposta: "Sim, os três caminhões-pipa estão parados neste momento. Um deles está parado para manutenção na embreagem e, depois, juntamente com os outros dois, para avaliação das condições dos seus tanques, com higienização e laudo da Vigilância Sanitária. Eles foram parados em fevereiro deste ano; desde então, estão sendo providenciadas as manutenções e avaliações necessárias. Também a água dos caminhões-pipa passa por rigoroso controle de qualidade nos laboratórios do SAAE, para que atendam aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde".

Pela resposta fica então caracterizado que o planejamento da autarquia está - de certo modo - um tanto equivocado. Se o SAAE Salto tem três caminhões-pipa, ao menos um deles deveria estar em condições de operação. Na iniciativa privada, existe uma máxima que quem tem um, não tem nenhum. Quem tem dois, tem ao menos um. E quem tem três, deveria obrigatoriamente ter um disponível. Fica ainda mais evidente e complicado, quando a resposta da autarquia afirma que os três caminhões estão parados desde fevereiro deste ano. Ou seja, há pelo menos 60 dias e ninguém fala absolutamente nada ou dá uma explicação convincente. A troca de uma peça ou a higienização não pode e nem deve demorar tanto tempo.

Desta vez, falhou feio o planejamento e a gestão do SAAE Salto, o que é de se lamentar.