Fiscais do estado fiscalizam e autuam Indaiatuba por represar água do Buru

Nas últimas semanas um assunto que rendeu muito nas discussões em meio a grave crise hídrica que vivemos em Salto, foi o fato de Indaiatuba em seu plano de expansão do Parque Ecológico represar em 6 lagos, águas do córrego Buruzinho - afluente do ribeirão Buru, que durante vários dias teve a captação de abastecimento de água bruta interrompida. Nossa reportagem levou o caso ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que fiscaliza e controla o uso das águas no estado de São Paulo. Após denúncia feita pelo TERRATAVARES, uma equipe técnica foi até Indaiatuba vistoriar o local e - conforme a resposta da assessoria de imprensa da entidade - esclareceu: "que realizou uma vistoria em 3 de janeiro, e constatou que o SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto da cidade de Indaiatuba está executando seis barragens no afluente citado, com a finalidade de Lazer e Paisagismo". A nota afirma que tal intervenção foi feita sem autorização do órgão regulador - nesse caso o DAEE - que informou também que desconhecia o fato.

Diante disto, continua a nota: "apesar de constatado que as obras mantêm a vazão mínima exigida para jusante, na ocasião foi lavrado um boletim de Inspeção e de Infração, de acordo com a portaria DAEE 4905, de 09/09/2019, concedendo ao município o prazo de 90 (noventa) dias para protocolar documentação via Sistema de Outorga Eletrônica - SOE, para regularização desses barramentos".

Funcionários do SAAE de Salto que preferem não ser identificados, relataram que após a ampla repercussão do assunto, o curso da água se normalizou e não ocorreram novas interrupções. Vale lembrar que uma dessas interrupções foi identificada pela equipe do TERRATAVARES, que prontamente foi até o local.