Trem Republicado

Transparência questionada no contrato de transporte público em Salto

Subfinanciamento e Falta de Prestação de Contas geram incertezas na administração do transporte público

Por Tom Luiz em 15/12/2023 às 13:41:25

A gestão do transporte público em Salto tem sido alvo de crescente preocupação devido à falta de transparência no contrato firmado com a empresa SOU. Recentemente, a Câmara dos Vereadores de Salto aprovou um subsídio expressivo, chegando a até R$ 1 milhão de reais, autorizando a Prefeitura Municipal a efetuar o repasse correspondente.

Em setembro, a população presenciou uma redução significativa de R$ 0,40 centavos no valor da passagem comum, e em outubro, uma decisão que isentava as tarifas aos domingos e feriados, entretanto, restrita aos detentores do cartão da empresa responsável pelo transporte público, o que demonstra que o contrato por passageiros é uma realidade burra em Salto, visto que em qualquer cidade que promoveu a inclusão de subsídios o parâmetro para pagamento se dá em quilômetros rodados e nunca por passageiros.

A administração da empresa SOU, que gerencia o transporte público na cidade, tem sido marcada por uma série de acontecimentos que levantam dúvidas sobre a seriedade com a qual a transparência está sendo tratada pela Gestão Laerte e Edemilson. Surpreendentemente, a empresa, após a autorização do subsídio, passou a colaborar financeiramente com eventos públicos da cidade, incluindo o pagamento de cachês para shows e ornamentação natalina.

O Secretário Gilmar, ao ser questionado na Câmara dos Vereadores, assegurou que o repasse já estava em andamento. Contudo, essa afirmação foi prontamente contradita pelo Prefeito Laerte, e verificações no portal da transparência do Tribunal de Contas do Estado não revelam qualquer informação referente a esse repasse.

O TERRATAVARES, desde o dia 14 de novembro, tem buscado respostas junto à Prefeitura de Salto, especialmente em relação aos números de passageiros atuais após as alterações no transporte público. Infelizmente, esses questionamentos têm sido ignorados, ou quando respondidos, limitam-se à justificativa de que a secretaria responsável está aguardando a disponibilização dos dados solicitados, sendo a secretaria de Gilmar a principal responsável.

A falta de comunicação efetiva com a imprensa, mesmo com um vice-prefeito que já atuou como proprietário de um jornal, evidencia uma lacuna preocupante no comprometimento com a verdade. Já se passaram 30 dias desde a solicitação de informações, sem que tenhamos recebido qualquer resposta, o que demonstra um desrespeito à necessidade de transparência e prestação de contas.

Entre os questionamentos pendentes, destacam-se a falta de divulgação do número de usuários em dias úteis, a ausência de informações sobre o número de passageiros em domingos e feriados, quando a gratuidade foi instituída, e a falta de dados de meses anteriores para possibilitar uma análise comparativa. Essas omissões levantam sérias dúvidas sobre a condução transparente e responsável do contrato de transporte público em Salto.

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