139 casos de dengue nos primeiros três meses do ano contribuíram para um aumento desproporcional da doença na cidade

O registro de 139 ocorrências entre janeiro, fevereiro e março, as contaminações saltaram para 707 entre abril e maio, elevando o total de pacientes com Dengue para 846. Nos primeiros cinco meses de 2023, esse número já se apresenta 39,8% maior do que o total de casos de 2022, quando foram comprovados 605 casos.

Mesmo comparando apenas os três primeiros meses do ano com igual período de 2022, quando o número de casos era menor, já se observa uma elevação desproporcional e que isso certamente levaria a uma explosão nos meses subseqüentes. Em janeiro, fevereiro e março de 2022 foram 40 casos e no mesmo período deste ano registrou-se 139 casos, o que equivale a um aumento de 247,5% no número da doença.

Ações buscando acabar com focos do mosquito Aedes aegypti, tais como nebulização das ruas, fiscalização de residências na busca de focos de mosquitos, carro de som, divulgação nas redes sociais, faixas alusivas ao problema, avisos nas contas de água, além de cartazes e outras estratégias, como palestras nas escolas municipais e estaduais são diretrizes tomadas pela Secretaria Municipal da Saúde de Salto, embora tardiamente. O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Salto argumentou que, apesar do aumento de casos, nenhum óbito devido à doença foi registrado neste ano e que estão sendo realizadas.

O bairro São Pedro e São Paulo, sozinho, registrou quase metade do número total desde o início do ano, com 315 casos. O bairro vizinho, Salto de São José, vem em segundo lugar, somando 87 casos da doença. Em terceiro lugar, o Jardim das Nações com 44 casos. O Departamento de Vigilância Sanitária está tratando o problema em toda a cidade. Nesta ultima semana, a nebulização aconteceu na região dos bairros Jardim Donalísio, Independância e Jardim Santa Lúcia.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no início do mês de março a vacina Qdenga contra a dengue. Ela será destinada a crianças a partir de quatro anos e adolescentes e adultos com até 60 anos, independente de terem ou não contraído dengue. A vacina será feita em um esquema de duas doses, com intervalos de três meses. No entanto, ainda não há uma definição se a vacina será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).