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OPINIÃO

Mais gente, menos moscas (comunicação, museu e turismo)

Quem não comunica, se trumbica. (Abelardo Barbosa)


Tão popular quanto verdadeira, a epígrafe remete-se a frase eternizada pelo apresentador Abelardo Barbosa, Chacrinha. Sabe-se que nenhuma informação, por mais disseminada que seja, consegue abranger a todos. Nem por isso deve-se permanecer incomunicável, taciturno, calado, contando apenas com a sorte da espontaneidade na visitação, no caso a de um Museu. O público do segmento turístico cada vez mais procura museus a fim de se imbuir da história e da cultura local, independente qual seja o destino. Ao menos que não se queira visitantes, o que foge a razão de ser de um museu, desenvolver a comunicação de forma sistemática e setorizada é fundamental tanto para o público quanto para a própria instituição. Visitar ou não um museu é uma opção de escolha intrínseca à condição de turista, uma vez que sua conduta tem uma coerência que lhe é muito particular condicionando às suas preferências enquanto consumidor cultural.

As instituições museológicas que desenvolveram uma política de comunicação da sua exposição e de suas atividades correlatas, bem como serviços e atendimentos adequados às peculiaridades do segmento turístico, constatarão não tão somente o aumento do número de visitantes como também elevarão, de maneira significativa, a qualidade da visitação. O setor de Comunicação de um museu deve estar atento às nuances que, certamente, farão a diferença quando o item for "recepção e hospitalidade"; de uma simples legenda em uma gravura afixada em um painel a mais sofisticada instalação com recursos multimídia, passando pela disponibilização de um calendário de programação na rede mundial de computadores, malas-diretas, produção de material gráfico até esforçar-se na apresentação de um ambiente aprazível e adequado, entre outros tantos itens.

Contudo, o museu que não se ateve a essas questões corre o risco não só de perder os visitantes tradicionais como de não atrair novos. Uma rápida pesquisa nas listas ou nos livros de presença de um museu pode ser reveladora no intento desse diagnóstico.

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MARCELO BOTOSSO é professor, foi secretário de Turismo de Sales (2012 a 2014) e historiador na prefeitura da Estância Turística de Salto, onde atuou diretamente no museu histórico da cidade. de 2014 a 2017.

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