Ainda sem uma solução definitiva para resolver 100% do abastecimento, o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), apesar de estar com as equipes nas ruas 24 horas por dia, desde sexta-feira (03/11), afirma que a rede está instável e apresenta problemas.
De acordo com a empresa, o longo período sem energia e a paralisação da maior parte do sistema de abastecimento durante várias a sustentação do nível de água de um ou outro reservatório, principalmente da região noroeste, que recebe água da ETA João Jabour, ainda tem apresentado problemas. "Essas consequências são naturais e ocorrem porque a tubulação precisa ser novamente preenchida e com boa pressão, para que a água chegue a todos os pontos e encha as caixas de milhares de residências, que secaram completamente durante o desabastecimento".
O SAAE destaca que a situação deve perdurar por mais tempo do que o esperado. "A expectativa é que a situação se normalize plenamente ao longo dos próximos dias desta semana".
Apesar dos esforços das equipes técnicas, outro problema elétrico na madrugada de segunda-feira (06/11) na parte externa do Booster Telesi teve o funcionamento interrompido e consequentemente a transferência de água até os reservatórios do Hospital e do Icaraí atingirem níveis muito baixos de água.
Para resolver a situação, o SAEE acionou a CPFL ainda na madrugada, que concluiu os reparos na rede elétrica na manhã desta terça-feira (07/11) e por conta desta paralisação no serviço os reservatórios Hospital e Icaraí estão apresentando dificuldade de sustentação de nível. "Eles estão sendo fechados com mais frequência para equilibrar a distribuição e o consumo", discorre a empresa por meio de nota.
AGRESSÕES
Na sessão desta terça-feira (07/11), na Câmara Municipal, as questões da falta de água e energia, ocuparam boa parte do tempo dos parlamentares durante suas explanações. Os vereadores lembraram da revolta da população e que Salto não tem preparo para encarar situações adversas como a ocorrida na semana passada, no entanto, pedidos de paciência e respeito foram feitos.
"Estão agredindo os trabalhadores, muitos deles estão mais de 24 horas nas ruas atendendo as demandas. Estão trabalhando muito, duplicaram os serviços e estão sem folga. É preciso reconhecer esse trabalho e ter paciência e saber separar CPFs de CNPJs", discorreu Cícero Landim (PL).