O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público contra o sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, acusado de matar dois colegas de profissão, o também sargento Roberto Aparecido da Silva e o capitão Josias Justi da Conceição Junior. O crime aconteceu em Salto, no dia 15 de maio, na 3ª Companhia da Polícia Militar. Na ocasião, o sargento foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada em 19 de maio, encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, onde permanece até o julgamento.
A denúncia foi apresentada pela promotora de Justiça Militar, Giovana Guerreiro, pela prática de dois homicídios duplamente qualificados por motivo fútil e pelo recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. O crime teria sido motivado pela insatisfação do denunciado em relação à alteração de sua escala de trabalho. A primeira audiência sobre o caso está marcada para 29 de junho, na 4ª Auditoria Militar no Tribunal de Justiça Militar, em São Paulo.
A defesa do sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, argumentou que problemas e possíveis perseguições no ambiente de trabalho teriam motivado o crime. O advogado Rogério Augusto Dini Duarte ainda afirmou que um conjunto de fatores desencadeou um quadro de estresse no acusado, porém, o profissional não teria recebido o respaldo necessário do comando da companhia. O autor do duplo homicídio atuava há 32 anos na instituição. De acordo com o Tribunal da Justiça Militar, não há informações sobre tratamento psicológico do denunciado antes dos fatos.