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Festival da Empada Frita agita a cidade nesta semana

No intuito de preservar essa tradição, a BRAVO CULTURAL e a TC EVENTOS se uniram para produzir mais esse evento.

Por Wellington Caposi em 18/04/2022 às 09:07:03

Além das atrações históricas e das belezas naturais, seus próprios cidadãos ou quem visita a Estância Turística de Salto, não deixa de apreciar os vários sabores do tradicional quitute que é o bem cultural imaterial da cidade: a EMPADA FRITA. Em agosto de 2007, a empada frita foi declarada um bem cultural imaterial da Estância Turística de Salto por meio de decreto municipal.

Por se tratar de uma tradição culinária tipicamente saltense criada na década de 1940, a receita da EMPADA FRITA foi passando de geração em geração - de empadeiras para suas aprendizes - que se dedicavam ao preparo da empada e utilizam basicamente os mesmos ingredientes.


Dessa forma, um dos objetivos do FESTIVAL EMPADA FRITA & CIA. é o resgate da importância desse quitute para a história da cidade. As antigas empadeiras estão se tornando raras, pois de 2007 até hoje nenhuma ação de fomento com cursos e workshops foram oferecidos pelo poder público. E se isso não for retomado, essa tradição, que só é de Salto, vai se perder pois quase não existem mais empadeiras na cidade. Foi muito difícil achar as duas empadeiras que vão oferecer o quitute tradicional da cidade na festa. Fica então o alerta que, se nada for feito, essa tradição ficará apenas na saudade. No intuito de preservar essa tradição, é que a BRAVO CULTURAL e a TC EVENTOS se sentem honradas em produzir mais esse evento. É necessário ressaltar que mesmo sendo declarada como um bem cultural imaterial em 2007, de lá para cá nada mais foi feito para que o quitute, de fato, fosse conhecido fora das fronteiras da cidade.


A data de origem do aparecimento da receita da empada frita de Salto permanece incerta. O que se sabe é que uma das mais conhecidas precursoras no seu preparo foi Diamantina Andriolli, mais conhecida como Dona Nena. Pesquisas indicam que na década de 1940, as empadeiras preparavam esses quitutes, muito apreciados na época, que eram então vendidas nas ruas da cidade por meninos que as levavam ainda quentes em cestos de vime cobertos por guardanapos de tecido. Por mais de meio século desenvolveu-se o hábito de abastecer os bares e lanchonetes do município com as empadas fritas. O quitute também está presente nos dias atuais na maioria das festas e eventos realizados na região em tamanho menor.


O FESTIVAL


O local escolhido para o festival será o Pavilhão da Artes (praça Archimedes Lammoglia), no centro velho da cidade. Na parte plana da praça serão dispostas barracas, estações de chopp e tendas para a comercialização não só da EMPADA FRITA, mas também de outros quitutes da gastronomia de rua. Serão perto de 20 pontos de venda entre chopp artesanal, empadas fritas e outros quitutes salgados e doces. Apenas duas barracas oferecendo empadas fritas, exatamente por não possuir empadeiras em atividade na Estância Turística de Salto. Também está previsto uma área destinada aosà brinquedos para crianças. Completando o lay-out quatro tendas de 11 metros para a disposição de mesas plásticas e cadeiras, acomodando dessa forma, o público interessado, conforme croqui abaixo:



AS ATRAÇÕES MUSICAIS:

O patrimônio cultural é de fundamental importância para a memória, identidade e criatividade dos povos e a riqueza das culturas. A Constituição Brasileira expressa a preocupação com o patrimônio cultural do país em vários artigos, incumbindo os poderes públicos de zelar pela preservação desses bens. Desde sua declaração como um bem cultural imaterial,

NÃO HOUVE NENHUM TIPO FOMENTO PARA A DIVULGAÇÃO DA EMPADA FRITA como um símbolo gastronômico da Estância Turística de Salto. Infelizmente 15 anos se passaram e nada foi feito. O FESTIVAL DA EMPADA FRIA & CIA. é um RESGATE DE NOSSAS TRADIÇÕES.

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