Sindicato de Servidores Públicos e Conselho de Saúde são contrários ao retorno das aulas presenciais em Salto

Foi anunciado nesta terça-feira, 20, pela Secretaria Municipal da Educação de Salto, o retorno das aulas presenciais nas escolas municipais da cidade, a partir do próximo dia 26 para professores e alunos, de uma forma gradativa. O anúncio, que veio com apenas uma semana de antecedência, pegou muita gente de surpresa, visto que alguns movimentos representativos da sociedade são totalmente contrários a esta decisão. Na sessão legislativa desta terça-feira, 20, o tema também repercutiu. O vereador Chell Oliveira (PT) falando na tribuna, levantou questionamentos a respeito dos protocolos de saúde da equipe envolvida e ainda dos alunos e também sobre a questão da 2ª dose da vacina para os professores e ADI"s. Também alertou quanto à probabilidade de haver algum surto da Covid-19, se a secretaria municipal da Saúde estaria preparada.

O presidente do legislativo saltense, vereador Cícero Landim leu um ofício do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Salto, onde a direção da entidade afirma que logo após a determinação do retorno das aulas, buscaram junto à secretaria municipal da Educação o agendamento urgente de uma reunião e a possível reconsideração da ação, mas como destaca a nota, não foi aceita nem a possibilidade de argumentação pois a decisão já estava tomada. Diz um trecho da nota: "Determinar o retorno às aulas sem que sejam preenchidas essas condições (sanitárias), não permite a conclusão, de que o retorno será efetivamente seguro, tão decisão carece de dados epidemiológicos, estudos científicos, diagnósticos de realidade para que possa ser verificado, rigorosamente, se atendem ao objetivo de proteção coletiva prevista em lei".

O Conselho Municipal da Saúde também, por unanimidade, deu um parecer contrário ao retorno presencial das aulas. Já o Conselho Municipal de Educação ainda não se posicionou. "O Conselho Municipal da Saúde de Salto entende que após a imunização dos adultos, respeitado o tempo necessário para a resposta da vacina, o retorno a aula seria mais tranquilo e também alerta que existem profissionais da Educação que ainda não foram totalmente imunizados", explicou seu presidente, Tiago Isola.