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Covid-19: cai média de mortes no Brasil. Por outro lado, a confirmação de casos aumenta

Um provável cenário que pode ser o resultado do avanço da vacinação no país.

Por Wellington Caposi em 27/06/2021 às 11:55:00

Enquanto o número de novos casos registra uma alta expressiva em todo o Brasil, a média móvel de mortes causadas pela Covid-19 caiu e continua a apresentar tendência de queda no Brasil. O número de casos diários de Covid-19, segundo a média móvel de sete dias, atingiu na última quarta-feira, 23, e na quinta-feira, 24, seu maior patamar desde o início da pandemia, com 77.327e 77.265 novos casos diários, respectivamente. Esses números superam, inclusive, o ápice de casos da segunda onda, em 27 de março, com 77.129 casos diários. Os dados do Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz registraram na quarta-feira e quinta-feira, dias 16 e 17 de junho, a média de 72.244 e 70.237 casos diários, respectivamente.

Os óbitos, no entanto, apresentaram uma tendência de queda nos últimos dias. Nos dias 23 e 24 de junho, foram 1.916 e 1.876 mortes diárias, respectivamente, frente a 2.025 e 1.997 mortes diárias dos dias 16 e 17 de junho. O ápice de óbitos da segunda onda ocorreu no dia 12 de abril com 3.123 mortes diárias. O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde, da Fiocruz, Christovam Barcellos, disse que houve aumento do número de casos em torno de 8% na última semana. "Infelizmente o que a gente está prevendo é que o aumento do número de casos puxa mais ou menos duas semanas depois o aumento do número de óbitos também. Primeiro sobem os casos, depois sobem os óbitos com umas duas semanas de atraso".

O pesquisador ainda afirmou que o descolamento do número de casos e de óbitos também pode ser resultado do avanço da vacinação, principalmente dos idosos com mais de 70 anos, que já estão com uma cobertura de segunda dose bastante expressiva. "Muita gente está tendo a infecção, mas felizmente, estão morrendo menos". Barcellos ainda destacou a necessidade de ampliar a testagem para evitar a superlotação dos hospitais, pois com o inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias para além da Covid-19. "É uma competição perversa por leitos. Por isso, antes de chegar ao hospital, a pessoa tem que ser testada. Por exemplo, a maior parte das pneumonias pode ser tratada em casa, sem necessidade de internação".

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