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Secretário da Saúde afirma que Prefeito e Vice sabiam da vacinação dos 11 GCM

Governo do estado de São Paulo desmente secretário da Saúde de Salto

Por Wellington Caposi em 10/05/2021 às 14:19:37

Em reunião organizada pelos vereadores, o secretário Municipal da Saúde de Salto, Fabio Roberto Sartório, afirmou que a decisão de vacinar os guardas ocorreu quando do início da vacinação em Salto, dia 21 de janeiro de 2021 e que tanto o prefeito, Laerte Sonsin Jr., quanto o vice, Edemilson Santos, foram informados do ato.

"Apenas no primeiro dia ocorreu de ter frascos que continham 11 doses da Coronavac, e só notamos isto quando retornamos para a sede da secretaria para a contagem dos frascos e descartes. Foram apenas 11. É melhor vacinar do que jogar fora", afirmou Fábio Sartório aos vereadores. Com relação a escolha dos guardas civis municipais, ele afirmou que não houve critérios, e os que estavam no Paço Municipal foram chamados. Neste ponto, resta também um questionamento que faltou por parte dos vereadores (que o TERRATAVARES está fazendo junto a Assessoria de Imprensa da Prefeitura), no que se refere ao fato desses 11 GMC"s corresponderem a 10% do efetivo total da corporação na cidade, diante disto, temos uma prefeitura extremamente segura com 11 GCM"s trabalhando lá - e em plantão noturno, visto que o secretário afirmou que isso aconteceu após o dia de vacinação ter finalizado ou, houve uma ligação para os guardas irem até a prefeitura. Nesse ponto, uma seleção, mesmo que natural, ocorreu.

Fábio Sartório ainda foi criticado pelos vereadores da forma que este assunto foi tratado, e se estava tudo ocorrendo a contendo com a determinação do Programa Nacional de Imunização, faltou transparência por parte do executivo. Com relação ao próprio secretário e seu chefe de gabinete terem recebidos a vacina, Fábio defendeu que ele e seu assistente estão em contato com muitas pessoas durante as visitas que realizam nos postos, hospital e locais de vacinação, considerando assim na linha de frente de combate ao Covid e por esta razão acha normal ter recebido o imunizante, porém, não falou em qual período isso ocorreu.


ENTENDA O CASO

No dia 29 de março o TERRATAVARES denunciou que 11 Guardas tinham recebido a vacina. No mesmo dia questionamos o prefeito Laerte Sonsin Jr., que afirmou não ter conhecimento deste episódio, mesmo isso ter ocorrido, conforme dito pelo secretário da Saúde, dois meses antes do questionamento. Questionamos a Imprensa da prefeitura e não obtivemos respostas, e no dia após nossa denúncia, uma nota do governo afirmava que se tratava de uma fake News, e a nota detalhou a razão pelas quais os Guardas foram vacinados. Vale destacar que a denúncia que recebemos partiu de dentro da própria corporação e não tinha como cunho central a defesa da não vacinação dos guardas, mas sim mostrar que houve uma seleção, ocorreu fora de época - visto que a vacinação da categoria foi realizada apenas no dia 5 de abril em todo o Estado de São Paulo.


ESTADO DESMENTE SECRETÁRIO DA SAÚDE

Durante a reunião acontecida nesta segunda-feira, 10, Fábio Sartório ainda afirmou que essas doses extras ocorreram apenas com 11 frascos, no primeiro dia da vacinação com a CoronaVac e que isto não ocorre mais. O TERRATAVARES consultou a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo que em nota, afirmou que houve uma mudança no rótulo do frasco da Coronavac exatamente para evitar desperdícios, e que o frasco utilizado anteriormente tinha capacidade para 6,2 mililitros (ml) de líquido, e como a dose ministrada é de 0,5 ml, era possível tirar até 12 doses do imunizante, e não apenas 10 como afirmou o secretário. A nota destaca ainda que fez um levantamento nos lotes e em 92,8% era possível tirar estas duas doses extras. Após a mudança os frascos são de 5,7 ml, o que ainda possibilita a retirada de uma dose extra, 11º ou ainda realizar o que chamam de "xepa", com os mililitros que sobram, ou seja, isso ainda ocorre, segundo informações do Governo do Estado.

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