Impasse burocrático ameaça andamento da Barragem do Piraí

Em uma reunião recente do consórcio responsável pela construção da Barragem do Piraí, a Superintendente do Consórcio, Vanessa Cristina, trouxe à tona preocupações significativas sobre o progresso do projeto, destacando um impasse burocrático que coloca em risco todo o empreendimento.

A principal preocupação abordada foi a questão das exigências ambientais da CETESB/DEFAU e do IBAMA. A Superintendente explicou que, embora o consórcio esteja em contato direto com a CETESB, o mesmo não ocorre com o IBAMA, o que gera uma complexidade adicional no processo.

O impasse se intensificou quando, em 29 de fevereiro, o IBAMA enviou um parecer à CETESB que causou insatisfação, uma vez que todos os documentos exigidos já haviam sido entregues anteriormente à CETESB. O consórcio agora se vê diante do desafio de responder às exigências deste parecer dentro de um prazo de 60 dias estabelecido pela CETESB, gerando incerteza e preocupação quanto ao futuro do projeto.

Para resolver esse impasse, a Superintendente enfatizou a necessidade de uma forte interlocução institucional, incluindo a possibilidade de envolver o apoio do governador e dos vereadores. Além disso, ressaltou a importância de um diálogo aberto entre o consórcio, o IBAMA e a CETESB para garantir o avanço do projeto.

Outro ponto crítico discutido na reunião foi a questão da fauna, com a Superintendente expressando preocupação com os requisitos excessivos impostos pelo processo de autorização para resgate. A necessidade de identificar áreas de soltura para os animais resgatados adicionou complexidade e despesas ao processo, tornando-o ainda mais oneroso para o consórcio.

Quanto ao andamento das obras, foi relatado que a construtora iniciou recentemente o canteiro de obras, porém está insegura devido à incerteza sobre o efetivo início da obra. Isso gera custos operacionais adicionais, aumentando as dificuldades enfrentadas pelo consórcio.

Em suma, a reunião deixou claro que o projeto da Barragem do Piraí enfrenta sérios desafios devido à burocracia e às exigências ambientais, com um impasse que ameaça paralisar o progresso do empreendimento. Após mais de uma década de estudos e levantamentos, o consórcio vê-se diante da urgência de encontrar soluções para garantir que a barragem seja construída dentro dos prazos previstos.