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Vereador questiona falta de prazo de validade em produto para merenda escolar

Numa visita surpresa, Cícero Landim se deparou com fritas passadas e pacotes de almôndegas sem selo SIF e sem prazo de validade.

Por Wellington Caposi em 23/03/2023 às 04:03:55

O vereador Cícero Landim ao usar a Tribuna Livre na última sessão legislativa, na terça-feira, 21, afirmou que ao visitar a Creche do Jardim Marília, especificamente na preparação da merenda escolar, se deparou com algumas frutas (bananas) já passadas do seu ponto ideal, mas o que chamou sua atenção foi um lote de carne sem prazo de validade. Segundo o vereador, a informação recebida no local é que o lote seria usado na preparação da merenda escolar.

"Uma das denúncias era de que as frutas oferecidas estavam na maioria das vezes estragadas. De fato, encontramos algumas bananas um pouco ultrapassadas, mas o que me deixou mais preocupado foi ter achado pacotes de almôndegas sem informação do prazo de validade e sem selo SIF (Selo de Inspeção Federal)", afirmou Cícero.


Para quem não sabe, o selo SIF é um selo obrigatório de inspeção de alimentos de origem animal, que, como o próprio nome sugere, diz respeito ao cumprimento de normas que são essenciais para a qualidade desse tipo de produto. Antes de receber o carimbo do selo SIF, o produto em questão passa por diversas etapas de fiscalização e inspeção, cujas ações são orientadas e coordenadas pelo Ministério da Agricultura.

O vereador também afirmou ter entrado em contato (via ofício) com a Secretaria Municipal da Educação e sua real preocupação é que isso também esteja acontecendo em outras unidades e ainda levantou dúvidas sobre a fraude sofrida (acesse aqui) pela Soluções Serviços Terceirizados (responsável pela merenda escolar na cidade) não estaria interferindo na qualidade dos alimentos.

"Será que o desvio dos R$ 800 mil não vai interferir na merenda? É possível.", questionou Cícero.

A Secretaria Municipal da Educação afirmou em nota que a denúncia não procede pois "todos os alimentos recebidos nas escolas seguem o padrão estabelecido pela Portaria CVS 5/2013, que determina a verificação da marca, data de validade e temperatura de alimentos resfriados e congelados no ato do recebimento. Essas informações são registradas em planilha pelas funcionárias no recebimento. Diante desse controle, podemos afirmar que não há risco de serem entregues produtos vencidos, as carnes são distribuídas nas escolas semanalmente e os legumes, frutas e verduras são entregues duas vezes por semana".

A empresa responsável pelo fornecimento da merenda escolar na cidade, Soluções Serviços Terceirizados, não respondeu à denúncia feita pelo vereador.

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