Penúltima sessão do ano tem despedidas e cobranças ao executivo

Seguindo o ritmo pós-eleitoral que marca está legislatura, poucos vereadores acompanharam a sessão, que foi marcada por vereador anunciando que não irá mais disputar cargos públicos e cobranças na área da saúde. Três sessões após as eleições municipais, alguns vereadores ainda estão fazendo análise dos resultados das urnas. O vereador Clodoaldo, que não foi reeleito, aproveitou o seu tempo na Tribuna para anunciar que não pretende ser mais candidato, alegando desgaste em seu trabalho como funcionário público no setor da saúde. Em sua fala, Clodoaldo destacou que como servidor e vereador, diversas pessoas confundiam suas responsabilidades "saúde nunca é satisfatório para a população. As pessoas elas querem que resolva o problema delas. Eu mesmo estou há mais de um ano esperando cirurgia de vesícula, e foi colocado urgente. Pode ter boa vontade, estar ali disposto, mas você não resolve o problema da pessoa. Eu passei por um desgaste muito grande nestes 4 anos, não sei se volto para a política. Eu fui chamado de vereadorzinho de merda, porque não posso mudar um protocolo do Coren", e finalizou afirmando que "tem coisas que não compensa talvez", referindo-se ao cargo de vereador e finalizou dizendo que é "triste ver pessoas que acham que trazer verba para ambulância não é tão importante quanto trocar uma receita dela".

O vereador e vice-prefeito eleito, Edemilson Santos pela primeira vez se manifestou em relação a decisão do STJ de cortar os cargos comissionados na prefeitura municipal. "Fico feliz com o resultado desta ação, claro que ela chega no momento de uma nova gestão. Isso poderia ter sido resolvido em 2018, mas a administração atual resolveu conseguir uma liminar como foi de praxe desta gestão atual, mas a decisão atual será respeitada, já que não cabe mais recurso". Ao final de sua fala, destacou que "estes oito anos como vereador foram desafiadores, pois sempre estive ao lado da população. Nunca deixarei de ser desta casa. Deixo o legislativo de cabeça erguida".

Na sequência, Marcio Conrado destacou os valores recebidos pela secretaria de Saúde para combate ao Covid- 19, "Salto recebeu somente para a COVID-19, mais de R$ 27 milhões e só no último dia 11 de novembro recebeu 14 milhões numa bolada só. Eu não vejo isso refletir para a população. Aonde que isso está refletindo no serviço oferecido a população? São só 6 leitos para a Covid, isso porque dividiram a UTI no meio. Vidas poderiam ter sido salvas. Hoje tinha 80 pessoas para fazer o teste lá, não sabemos como vai ser. A testagem em massa da população que a gente tanto pediu, com 28 milhões de reais extra, não foi feito".