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Morre aos 83 anos Ruy Ohtake, arquiteto que projetou o Parque Ecológico de Indaiatuba

Responsável pelo projeto do Plano Diretor de Indaiatuba que norteou o crescimento da cidade, Ruy Ohtake deixou sua marca em nossa região.

Por Wellington Caposi em 27/11/2021 às 16:44:52

Morreu na manhã deste sábado, 27, o arquiteto Ruy Ohtake, aos 83 anos. Ele lutava contra um câncer de medula (Mielodisplasia) e morreu no flat onde morava, na Rua Mauri, em São Paulo. Segundo sua assessoria, o velório será realizado no próprio apartamento, só para as pessoas mais próximas e o corpo será cremado no Horto da Paz, às 17h. Filho da artista plástica Tomie Ohtake e irmão do também arquiteto Ricardo Ohtake, Ruy nasceu em São Paulo, em 27 de janeiro de 1938, e cursou arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-USP, formando-se em 1960. Teve seu trabalho reconhecido com inúmeros prêmios, como o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil em 2007.


Em seus mais de 60 anos de carreira, Ruy Ohtake assinou projetos marcados por linhas onduladas, que podem ser apreciados pela cidade de São Paulo, como é o caso do Instituto Tomie Ohtake e dos hotéis Unique e Renaissance. Isso além de ter realizado obras de infraestrutura e equipamentos públicos e privados importantes para várias cidades, a exemplo do Parque Ecológico de Indaiatuba (dentro do Plano Diretor que norteou o crescimento ordenado da cidade). Outros projetos importantes como o Parque Ecológico do Tietê; Expresso Tiradentes, Conjunto Residencial e Polo Educacional de Heliópolis, em São Paulo; Aquário do Pantanal, em Campo Grande; Brasília Shopping, em Brasília; Estádio Walmir Campelo Bezzera, em Gama, Distrito Federal e Embaixada Brasileira em Tóquio.


A obra de Ruy Ohtake se destacou pela influência das escola carioca e paulista de arquitetura (formuladas pelos arquitetos e urbanistas Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas e transformou a paisagem urbana de Indaiatuba, de várias regiões do Brasil, sobretudo, na capital paulista, onde construções e intervenções com sua assinatura despontam desde a região central até bairros periféricos. Uma perda irreparável para a arquitetura brasileira.

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