O Conselho Municipal da Saúde de Salto se reuniu extraordinariamente na noite desta quarta-feira, 17, para analisar os prós e contras da realização dos festejos de rua do Carnaval 2022. Estiveram presentes - além dos membros do conselho - o secretário municipal da Saúde, Márcio Conrado; o secretário municipal da Cultura, Oséas Singh Jr.; o chefe de gabinete da Secretaria da Saúde, Arildo Gadaginini; jornalistas do TerraTavares; do PrimeiraFeira e nenhum vereador.
Thiago Isola, presidente do CMS Salto, abriu a reunião argumentando que o Conselho determinar ou recomendar a suspensão do Carnaval de rua da cidade, pois essa decisão cabe exclusivamente ao prefeito. Pode apenas opinar fazendo observações que podem ou não serem seguidas. Apesar do avanço da vacinação da população contra a Covid-19 e também da redução dos nÃveis de internação e dos óbitos em decorrência da enfermidade, a proposta deveria ser analisada sob diversos outros aspectos. Como a observação contÃnua aos Ãndices hospitalares que são suscetÃveis a impactos após as festas de final de ano, bem como a instabilidade enfrentada pela Saúde no perÃodo de pandemia. Também ponderou que leva ainda em consideração a sensibilidade pelas famÃlias enlutadas com as recentes perdas de seus entes queridos para a doença e também evita que decisões unilaterais possam promover fluxos de foliões. Thiago Isola também ressaltou que no cenário atual da economia, essa suspensão também traria uma economia estrutural aos cofres públicos. Márcio Conrado discordou dizendo que essa economia seria irrisória perto do orçamento da secretaria.
Oséas Singh Jr. falou que sua secretaria estava trabalhando no evento inclusive com detalhes da programação, mas que sua opinião seria também pela suspensão do Carnaval de rua.
O secretário da Saúde, Márcio Conrado, entende "que não há como fazer uma previsão correta de como vai estar a pandemia no Carnaval ou como o vÃrus irá se comportar em fevereiro. Tudo é uma incógnita. Teremos as festividades do Natal e depois as de final de ano. O reflexo disso se dará no final de janeiro e começo de fevereiro. Não há como fazer uma previsão. A vacina não garante que as pessoas não peguem Covid. Mesmo seguindo todas as orientações do Plano São Paulo de combate à Covid-19, é preciso manter todos os cuidados como o uso de máscaras, álcool e o distanciamento. Não há como garantir isso no carnaval. Não podemos esquecer os milhões de reais que foram gastos com a Saúde por conta desse vÃrus. Já conhecemos como foi em 2020, vamos pagar para ver novamente?"
Concluiu-se então que o CMS Salto faria uma recomendação ao prefeito Laerte Sonsin Jr., pela suspensão do Carnaval de rua e que eventos produzidos pela iniciativa privada em clubes, bares e locais fechados podem funcionar normalmente, desde que respeitando as regras sanitárias determinadas pelo Plano São Paulo de Combate à Covid-19.
Se a suspensão do Carnaval vai ou não acontecer, depende agora exclusivamente da caneta do prefeito...